UÉvora
Risco para a ocorrência de quedas avaliado na Universidade de Évora

No âmbito do Projeto "Avaliação Funcional - Fatores de Risco para a Ocorrência de Quedas"

Decorreram na semana de 4 a 8 de fevereiro, no Pavilhão Gimnodesportivo da Universidade de Évora, as avaliações físicas no âmbito do Projeto Avaliação Funcional - Fatores de Risco para a Ocorrência de Quedas.

O UELINE visitou os trabalhos que decorrem no Pavilhão Gimnodesportivo da Universidade de Évora, tendo sido recebido pelo Professor Armando Raimundo, docente do Proto-Departamento de Desporto e Saúde e investigador do Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano, que nos deu a conhecer mais sobre este projeto.

“Um dos nossos grandes objetivos nesta investigação é o de verificar até que ponto os níveis de força permitem evitar a ocorrência de quedas. Sabe-se que é fundamental um bom nível de força nos membros inferiores, como também é importante um bom controlo postural, (a capacidade de manter o equilíbrio). Se tiver um bom controlo postural e uma boa força ao nível dos membros inferiores, mais dificilmente terá a propensão para poder sofrer quedas”, explica o Professor.

"Pretendemos submeter o sujeito a vários testes físicos e atestar se os indivíduos estão potencialmente sujeitos à ocorrência de quedas, aumentando significativamente o risco das fraturas ósseas, principalmente ao nível do braço, ao nível do colo do fémur, com as consequências negativas que isso traz para o dia-a-dia da vida das pessoas”, acrescenta Armando Raimundo.

O principal objetivo é “tentar criar valores de corte a partir dos quais podemos dizer se uma determinada pessoa tem maior ou menor propensão para ter uma queda. As pessoas fazem o seu dia-a-dia, fazem as suas tarefas quotidianas, mas muitas das vezes não se apercebem que os fracos níveis de força que elas são capazes de produzir, essencialmente nos membros inferiores, pode estar constantemente a colocá-las em risco. Se nós tivermos valores de corte, ou seja, valores a partir dos quais podemos alertar essas pessoas que têm que fazer um trabalho de reforço muscular, será sem dúvida uma contribuição muito importante para prevenir a ocorrência de quedas.”

“O que nós queremos é que as pessoas vivam mais anos, em melhores condições.”

Em adição aos testes de força dos membros inferiores é também avaliado o controlo postural, para ver até que ponto cada um dos sujeitos que são submetidos a esta avaliação consegue controlar o seu equilíbrio. “Temos um protocolo com vários testes, testes em que as pessoas estão em posição bípede com os olhos abertos, outros em que estão com os olhos fechados e depois temos também outros testes em que estão apoiados apenas num dos pés ou então testes em que estão os pés alinhados um pelo outro.”

Variando as formas de apoio, “avaliamos se os sujeitos conseguem controlar os seus segmentos corporais no sentido de manter um controlo postural adequado e digamos assim, saudável”, explica o Professor Armando Raimundo.

Desde que a equipa de investigação publicitou nos meios de comunicação social da região que estava a fazer estas avaliações, têm realizado avaliações a 15/20 indivíduos por dia. “Temos tido uma excelente adesão. Queremos tentar chegar a um número entre os 100 e os 200. Penso que sim, que iremos conseguir”, revela Armando Raimundo.

Junto das pessoas que participam neste estudo e que se submetem aos testes, a opinião é unânime: “O facto de a Universidade prestar gratuitamente este serviço à comunidade é excelente!”

Fonte: UEline

Publicado em 08.02.2013